sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

TJ nega liminar para a GM no caso da explosão do Vectra


O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) negou liminar à General Motors (GM), em recurso de agravo de instrumento proposto pelos advogados da montadora contra decisão da juíza da 9ª Vara Cível de Cuiabá. A juíza Amini Haddad Campos determinou o desentranhamento de documentos (mandado retirar documentos do processo) apresentados pela montadora no recurso de apelação, ou seja, em momento processual inadequado.

A GM havia sido condenada por causa da morte de quatro pessoas carbonizadas que viajavam num Vectra, modelo fabricado pela montadora, em agosto de 1999. De acordo com a perícia, falha no sistema de distribuição de combustível do carro provocou a explosão do veículo. Depois da decisão da Justiça, a GM quis apresentar novos documentos.

Com o agravo de instrumento e o pedido de liminar, a GM queria suspender a tramitação do processo, agora o processo será encaminhado para o TJ analisar a apelação das partes.

Em trechos da decisão a juíza afirma: “De qualquer forma, a incidência de tipo-crime, ou critério probatório penal, não impede a devida apuração da responsabilidade civil. (art. 1.525 do Código Civil/1916 e 935 do Código Civil/2002), esta, ao ver da presente Magistrada, clara e evidente nos autos. (...) determino o desentranhamento da documentação acrescida (fls. 977/995), visto que ofensiva às garantias constitucionalmente asseguradas (art. 5o, incisos XXXV, XXXVI, XXXVII e LV da CR/88).”

O Tribunal de Justiça, em cujo processo o relator é o desembargador Jurandir Florêncio de Castilho, confirmou a decisão da magistrada, impondo mais uma derrota às pretensões de impunidade da montadora.

As quatro pessoas que morreram em agosto de 1999 viajavam de Cuiabá a Barra do Garças, quando próximo a General Carneiro, na BR 070, o Vectra explodiu. Entre os mortos, três de uma mesma família: Heronides de Aquino Araújo, Ítala Pedemonte Araújo e Antonio Salvino Pedemonte Araújo. Eles são, respectivamente, pai, a mãe e irmão de Heronides Araújo Filho, autor da ação contra a GM. Também morreu no acidente Maria Dometila Pinto Gusmão.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Discussão no clube do Vectra


Depois que um xará iniciou a discussão no "Vectra Clube do Brasil", os amantes do vectra tentam negar, dizem ser um fato isolado, mas a verdade aparece.

O debate começa assim:

"minha mulher dando carona para um colega de trabalho dela, que disse: 'vectra foi o melhor carro que já passou lá por casa, até que o da minha mãe pegou fogo. e o do meu tio quase aconteceu também.' segundo ele, falaram numa concessionária que é uma peça por onde passa gasolina que pode apresentar um pequeno vazamento... que é algo comum de ocorrer. (será que ele estava falando do regulador de pressão?) eu nunca ouvi falar sobre isso! alguém já ouviu? para mim, parece calúnia. falar de carro pegando fogo eu só me lembro dos primeiros fiat tipo. abraço victor"(sic.)

Depois é postada a foto acima e finaliza com dois depoimentos.
"Já di dois peagando fogo. os 2 na free way. O último eu tava indo na outra pista, o cara não se deu conta e tinha uma pequena labareda em baixo, me apavorei!!! No que ele parou levantou a fumaçeira. Esperto, eu na hora liguei pra CONCEPA(empresa responsável pela freeway) alertando. Foi incrível. Pega fogo sim!!! FAÇAM MANUTENÇÃO
Torro Vectra cd.
kadu
Vectra Clube. "

"É galera, toma cuidado sim, já vi 2 pegando fogo tbm... na bandeirantes aqui em SP e um em floripa. Abraços Bernardo Medeiros" (sic.)

SERÁ COINCIDÊNCIA? ou o Vectra está explodindo pelo Brasil afora sem nenhuma informação da mídia ou da montadora???

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Mais um Vectra pegando fogo

Confira mais um Vectra pegando fogo. Desta vez em Campo Grande.
Tragédias anunciadas?

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

TVCA revela drama das vítimas de explosão do Vectra

Deu na Imprensa local:

Em reportagem de afiliada da Globo, família denuncia defeito de fabricação de carro da GM e clama por Justiça

João Negrão
Cuiabá (MT)

A TV Centro América, afiliada da Rede Globo em Cuiabá, veiculou na manhã desta quinta-feira (19.02) reportagem sobre o drama da família que perdeu três de seus membros na explosão de um Vectra em agosto de 1999. A matéria, levada ao ar no Bom Dia Mato Grosso, mostra que a General Motors, fabricante do veículo, foi condenada pela Justiça de Mato Grosso porque houve falha na fabricação do modelo. A juíza Amini Haddad Campos, da 9ª Vara Cível de Cuiabá, condenou a montadora a indenizar os parentes e determinou que a GM comunicasse o consumidor sobre os riscos com o modelo Vectra.

A reportagem da Centro América mostrou depoimento do senhor Heronides de Aquino Araújo Filho e da senhora Edda Araújo. Eles são filhos de Heronides de Aquino Araújo e de Ítala Pedemonte Araújo e irmãos de Antonio Salvino Pedemonte Araújo. Os três morreram carbonizados junto com Maria Dometila Pinto Gusmão, quando o Vectra explodiu próximo a Barra do Garças, para onde a família ia visitar parentes. Dona Edda também estava na viagem, mas deixou o veículo em Primavera do Leste quando a família decidiu diminuir o peso do carro tiram parte da bagagem.

Dona Edda, junto com o motorista da família, seguiram viagem em outro veículo dos Araújo com a bagagem que restou. Eles trafegavam alguns quilômetros atrás e passaram pelo Vectra em chamas e os corpos carbonizados no asfalto. O motorista percebeu que o acidente era com a família, mas nada revelou a dona Edda. Seguiram direto para Barra do Garças, onde o motorista mobilizou familiares e assistência médica para dona Edda, que a essa altura dos acontecimentos já percebia que algo de errado havia acontecido com seus pais e irmão.

De acordo com laudo técnico apresentado à Justiça, a explosão do Vectra foi ocasionada por falha no sistema de distribuição de combustível. Outras denúncias semelhantes já foram feitas. Somente em Cuiabá, mas dois casos de incêndio de Vectra ocorreram. Um deles foi no bairro Cidade Alta, no dia 23 de novembro do ano passado, quando um Vectra de propriedade de Vicente Ferrati explodiu na casa de seu filho. Desde seis meses após a compra do carro, em 1999, o proprietário começou a notar vários problemas, entre os quais um forte cheiro de gasolina. "Entrei em contato com a concessionária, foram trocadas peças e de nada adiantou. Depois apareceu o tanque rachado. Então notifiquei judicialmente da GM, que não me atendeu. Resolvi deixar o carro na garagem", relatou.

O outro caso aconteceu na Usina Termelétrica de Cuiabá, na época administrada pela norte-americana Enron. Foi em 2001, quando um dos diretores estacionou o Vectra no pátio da empresa e, poucos minutos após deixar o carro, houve a explosão. A atual diretoria da empresa nega a existência do acidentes, mas ex-funcionários que presenciaram e até ajudaram a apagar o fogo, confirmam.

Mais outro caso aconteceu em Poconé, mas depois de um acidente no dia 10 de agosto, também do ano passado, na Rodovia MT060, também noticiado pela TV Centro América. Na época três pessoas morreram no Vectra que explodiu após bater de frente com uma caminhonete.

Pelo menos 23 explosões com o Vectra foram registradas nos últimos dez anos. Uma tabela elaborada pelos advogados das vítimas revela que a maioria deles aconteceu sem nenhum motivo aparente. Ou seja, os veículos explodiram estacionados ou trafegando, mas sem envolvimento em acidentes. Há casos também catalogados de clientes que conseguiram reparar os problemas de distribuição de combustíveis, evitando sinistros. Mas há ainda casos em que mesmo com reparos os carros pegaram fogo, mas a montadora acabou firmando acordo e entregando um outro veículo zero para o cliente lesado.

Mesmo com essas denúncias de ocorrências, a GM se nega a realizar recall do Vectra. No Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), órgão da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça, existe uma Procedimento Administrativo apurando a recusa da montadora de realizar o recall. Depois de analisar as denúncias e ouvir a versão da fábrica – que alega nunca ter recebido reclamação de clientes -, o DPDC enviou o caso para o Grupo de Estudos Permanentes de Acidentes de Consumo (GEPAC).

O envio da ação para o GEPAC é a última etapa do procedimento administrativo. O Grupo é composto por representantes do Ministério Público Federal de São Paulo, do Ministério Público Estadual de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, Procon de São Paulo e Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC). Esta instância é que vai concluir se a GM errou ao não convocar o recall e aplicar as sanções cabíveis.

Vectra pegando fogo pelo País

Pelo menos 23 casos de explosão de Vectra já ocorreram no Brasil desde 1999. São casos conhecidos, noticiados pela imprensa e inclusive com gravações em vídeo. Mas sabe-se que existem muito outros. Confira abaixo alguns vídeos: